domingo, 10 de fevereiro de 2008

Tudo Vida

"I have heard what the talkers were talking,
the talk of the beginning and the end,
But I do not talk of the beginning or the end.
There was never any more inception than there is now,
Nor any more youth or age than there is now,
And will never be any more perfection than there is now,
Nor any more heaven or hell than there is now."
Trecho de Song of myself, de Walt Whitman.

Escrever sempre foi uma espécie de bálsamo para mim, sempre tornou relativas as coisas que considerava tão derradeiras e assustadoras. Recentemente, neste feriado de Carnaval para ser mais preciso, dei-me conta de que todos temos esse mito do derradeiro ser dentro de nós. Mas isso já é outra estória, fica para outro dia. Meu ponto hoje é, se escrever sempre me fez tão bem, porque não escrever para que outros leiam? Muito bem, mesmo sendo uma pergunta retórica e que, mesmo assim tem uma resposta que conheço bem, resolvi começar. Então lá vai meu início.

Tudo Vida

Domingo a tarde
Chuva na janela
Tempo à espreita
Da mente vazia

Domingo a tarde
Agora, um arco-iris
E a mente à espera
De um tempo vivido

Domingo a tarde
O som das águas
Da chuva no asfalto
E da vida escorrida

Domingo a tarde
A chuva, os sons,
A mente, a espera,
Tudo velho,
Tudo novo.
Tudo vida

Pepe





Um comentário:

Maria Helena disse...

Pepe querido!!!

Uau....tu escreves muuuuuito bem...
Que ótimo que decidiste compartilhar teus textos.
De minha parte, agradeço.
Beijos
Maria Helena da Tenda